O inferno na terra abateu-se aqui em pleno inverno. Está há cinco dias a transformar a segunda maior cidade dos Estados Unidos em zona de guerra. 24 horas por dia, os bombeiros arriscam a própria vida para tentar conter as chamas. As colunas de fumo veem-se a quilómetros de distância, contaminaram a água e o ar e obrigaram as autoridades a declarar o estado de emergência sanitária.
Até ao momento, seis incêndios permanecem ativos. O maior está a fustigar a zona de Pacific Palisades e abrange uma área equivalente a duas vezes a cidade de Lisboa.
Esta segunda-feira as condições meteorológicas deverão agravar-se e favorecer o avanço das chamas. Nas zonas onde o fogo ainda não chegou faz-se o possível. A voracidade das chamas está também a ser combatida com a doação de roupa e de bens essenciais por cidadãos anónimos e não só.
A primeiras estimativas antecipam que o prejuízo pode atingir um valor equivalente a 150 mil milhões de euros. É quase metade do Produto Interno Bruto (PIB) português.
Entre o que parte da cidade era há uma semana e o que é agora restam pouco das fotografias e memórias. Os incêndios começaram na última terça-feira e já fizeram mais de uma dezena de mortos.
Os números ajudam a revelar a dimensão da tragédia. Pelo menos 10 mil edifícios ficaram arrasados e 180 mil pessoas foram retiradas de casa.
Cidadãos nacionais e lusodescendentes entre os afetados
Entre as centenas de moradores que perderam as casas há também portugueses.
A informação da Agência Lusa levou Marcelo Rebelo de Sousa a publicar online uma nota de solidariedade. Oferece ainda apoio a diligências do Governo para ajudar cidadãos nacionais e lusodescendentes.
[Última atualização às 18:50]