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Autor do atropelamento mortal na Alemanha já teria ameaçado fazer ataque terrorista

As autoridades alemãs vêm dizer, agora, que já tinham existido ameaças há 11 anos. Na altura, em 2013, o psiquiatra entrou em desacordo com uma associação médica e num telefonema terá ameaçado que faria um ataque terrorista.

SIC Notícias

Ficou em prisão preventiva o suspeito do atropelamento na Alemanha, que fez, pelo menos cinco mortos e 200 feridos. O psiquiatra da Arábia Saudita é simpatizante do partido de extrema-direita alemão e já teria ameaçado fazer um ataque terrorista há 11 anos.

As autoridades estão a olhar de forma perplexa para este ataque porque o perfil do suspeito é atípico e está cheio de contradições.

Ainda não é claro o motivo que levou este medico psiquiatra a avançar para um atropelamento em massa num mercado de Natal. Foi presente a um juiz e ficou em prisão preventiva.

Para já, parece que o homem, que vivia na Alemanha há quase 20 anos, defendia ideias anti-islão, que era crítico do regime saudita e simpatizante do partido de extrema-direita da Alemanha.

Entrou, a alta velocidade, no mercado de natal de Magdeburg e atropelou quem apanhou pela frente.

Ameaças em 2013

As autoridades vêm dizer, agora, que já tinham existido ameaças há 11 anos. Na altura, em 2013, o psiquiatra entrou em desacordo com uma associação médica e num telefonema terá ameaçado que faria um ataque terrorista.

As meaças aconteceram doi dias depois do atentado à bomba na maratona de Boston, nos EUA.

O Ministério do Interior alemão diz que, nessa altura, foram feitas buscas ao apartamento do homem, que foram verificados computadores e telemóveis, mas que os investigadores não encontraram provas de que estaria realmente a preparar um ataque.

Em Magdeburg vive-se um momento de luto coletivo: soaram os sinos da catedral e houve uma cerimónia para homenagem.

As vítimas mortais são quatro mulheres entre os 45 e os 75 anos e um rapaz de nove anos. Ha ainda 200 feridos, cerca de 40 em estado grave.

Este momento de dor e luto transforma-se em fúria e raiva para muitos alemães. Movimentos de extrema-direita já saíram às ruas a pedirem a deportação dos imigrantes que vivem na Alemanha.

Os partidos da oposição de extrema-esquerda e extrema-direita lançam duras críticas ao Governo de Olaf Scholz, que acusam de ignorar o problema. É um momento particularmente sensível. As eleições federais estão marcadas para 23 de fevereiro.

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