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Líderes da França e Reino Unido garantem que apoio à Ucrânia é para manter, após vitória de Trump

No dia em que se assinalou o aniversário do fim da Primeira Guerra Mundial, Emmanuel Macron e Keir Starmer debateram o destino da guerra que assola, atualmente, a Europa – e numa altura em que o resultado das eleições norte-americanas pode ditar mudanças na ajuda que chega a Kiev.

Guilherme Monteiro

Depois da vitória de Donald Trump, Keir Starmer e Emmanuel Macron reiteram que o apoio à Ucrânia é indefetível e será mantido pelo tempo que for necessário. A garantia foi deixada, esta segunda-feira, durante as celebrações do fim da I Guerra Mundial em Paris, onde um primeiro-ministro do Reino Unido foi, pela primeira vez em 80 anos, participar nas cerimónias em França.  

Pelas 11h00, hora da assinatura do armistício, cumpriam-se dois minutos de silêncio no Reino Unido. 

Do outro lado, em França, Starmer participava na cerimónia militar nos Campos Elísios, ao lado de Macron - tal como, há 80 anos, Churchill, o então primeiro-ministro do Reino Unido, também comemorou, em Paris, o fim da I Guerra Mundial, ao lado do presidente Charles de Gaulle (o líder da resistência francesa, que, naquele ano de 1944, viu a operação liderada por americanos e britânicos colocar fim à ocupação nazi de França). 

Oito décadas passadas, Starmer e Macron homenageiam, no Arco do Triunfo, a vitória sobre o imperialismo na Europaonde, hoje, a guerra se arrasta no Leste. E, com o regresso de Trump ao poder, a ajuda do Ocidente à Ucrânia fica em dúvida. 

Reunidos, logo pela manhã, no Palácio do Eliseu, Starmer e Macron - os líderes das únicas duas potências nucleares da Europa - quiseram deixar um sinal e uma garantia. A presidência francesa garante que ambos concordaram que o apoio à Ucrânia será indefetível e que vai manter-sepelo tempo que for necessário.

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