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"Não conseguiu sair e morreu com a filha": o testemunho de quem perdeu familiares em Valência

Jorge Tarazona é apenas um rosto das centenas de pessoas que perderam familiares nas cheias, em Valência. O último, e para já único, balanço feito pelas autoridades fala em 217 mortos, mas a realidade no terreno aponta para mais.

Joana Vitória Teixeira

Marta Sobral

Pedro Pink

Tiago Romão

SIC Notícias

Uma semana depois da catástrofe provocada por uma tempestade, em Valência, continuam as operações de resgate e limpeza, numa altura em que centenas de pessoas ainda estão desaparecidas e a população desespera por ajuda.

Jorge Tarazona cola agora um papel que pede para quando o carro for rebocado ligarem para o número que ali deixa. Foi ali, dentro do carro, que perdeu o irmão, a cunhada e a sobrinha no dia da grande tempestade.

Este homem é apenas um rosto das centenas de pessoas que perderam familiares. Os números continuam sem ser conhecidos. O último, e para já único, balanço feito pelas autoridades fala em 217 mortos, mas a realidade no terreno aponta para mais.

Nas ruas permanecem as limpezas exigentes, tendo em conta tudo aquilo que a chuva destruiu.

São os moradores que, todos os dias, fazem os possíveis para tentar reerguer as cidades.

População pede mais apoio

Foi preciso uma semana para os militares chegarem, mas o Governo espanhol diz que, nesta altura, estão na província valenciana mais de 14 mil operacionais. A população diz que é preciso mais.

Muitas zonas continuam sem eletricidade e gás, as estradas permanecem cortadas e os percursos difíceis de fazer.

Os desaparecidos também continuam por encontrar. Permanecem as buscas nos mesmos locais de sempre: garagens e parques de estacionamento.

A indignação pública tem aumentado, numa altura em que os moradores locais são quem mais faz.

Os populares criaram locais improvisados para distribuir comida e água potável e também para cuidados de saúde.

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