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Pelo menos 15 corpos encontrados ao largo da Tunísia

Entre o início de 2024 e junho, foram registados cerca de 400 mortes ou desaparecimentos de migrantes em naufrágios ao largo da costa tunisina, após pelo menos 1.300 mortes ou desaparecimentos em 2023.

Migrantes, Itália.
STR

Lusa

Quinze corpos não identificados foram encontrados ao largo da costa da cidade de Mahdia, no leste da Tunísia, um dos principais pontos de partida para a Europa de migrantes irregulares, disse esta segunda-feira uma fonte judicial.

Os corpos, que estavam em "completa decomposição", foram rejeitados pelo mar no sábado e no domingo, acrescentou Farid Ben Jha, porta-voz dos tribunais de Mahdia e Monastir que adiantou não ser possível confirmar se eram migradores irregulares ou sequer se estariam todos no mesmo barco.

Juntamente com a Líbia, a Tunísia, cuja costa se situa, em alguns locais, a menos de 150 km da Sicília, Itália, é o principal ponto de partida do Norte de África para os migrantes que procuram atravessar o Mediterrâneo e chegar à Europa.

Todos os anos, milhares de pessoas de países da África subsariana tentam fazer a perigosa travessia do Mediterrâneo.

Milhares de tunisinos querem abandonar o seu país, face às dificuldades económicas e tensões políticas desde o golpe do Presidente Kaïs Saied, no verão de 2021.

No final de setembro, 36 migrantes - 20 tunisinos e 16 egípcios -, que partiram de Bizerte (norte), foram resgatados pela guarda costeira num barco avariado que se dirigia para Nabeul (centro-leste).

Entre o início de 2024 e junho, o Fórum Tunisino para os Direitos Económicos e Sociais (FTDES) registou cerca de 400 mortes ou desaparecimentos de migrantes em naufrágios ao largo da costa tunisina, após pelo menos 1.300 mortes ou desaparecimentos em 2023.

De acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), morreram, na última década, mais de 30 mil migrantes no Mediterrâneo, incluindo mais de três mil no ano passado.

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