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Michel Barnier e a (dura) missão de formar Governo em França

Em França, Michel Barnier continua a audição aos partidos de centro direita para formar Governo. Cinco dias depois de ter sido nomeado, o novo primeiro-ministro ainda não tem os nomes dos ministros definidos, como conta o correspondente da SIC, Guilherme Monteiro.

Guilherme Monteiro

Michel Barnier luta para se manter no cargo de primeiro-ministro francês desde o primeiro dia e precisa de garantir o apoio do partido de quem o escolheu, Emmanuel Macron.

Há figuras da ala esquerda dos liberais que já vieram garantir que não irão apoiar de forma cega o novo primeiro-ministro, que vem da Direita e que no passado manifestou posições duras no que toca à imigração.

Gabriel Attal, antigo chefe de Governo e agora líder parlamentar dos liberais, terá dito numa reunião a porta fechada que os liberais não irão vender os seus valores.

O novo primeiro-ministro poderá necessitar da viabilização da extrema-direita de Marine Le Pen.

Apoio da Esquerda é difícil, mas Barnier não desiste

Ainda assim, Michel Barnier não terá desistido de puxar a Esquerda para a governação, abrindo a porta a figuras da Esquerda para os ministérios. Na próxima semana, tem um encontro marcado com o Partido Comunista francês.

Será, no entanto, uma árdua tarefa garantir o apoio da Esquerda. Primeiro, porque a Nova Frente Popular, coligação que ganhou as eleições sem maioria absoluta, entende que deveria ter sido convidada a formar Governo, o que não aconteceu, e prepara uma moção de censura contra o Governo.

O segundo motivo é que França está com um défice crescente que se aproxima dos 6% e é possível que o Executivo aplique medidas de austeridade.

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