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Brasil passa a permitir alistamento voluntário de mulheres nas Forças Armadas

Até agora, as Forças Armadas brasileiras só recebiam mulheres em cargos de nível superior e funções além das militares, como médicas, engenheiras e coordenadoras de tráfego aéreo.

Adriano Machado/Reuters

Lusa

O Brasil passou a permitir o alistamento voluntário de mulheres, a partir dos 18 anos, no serviço militar nas Forças Armadas do país. O decreto do Governo brasileiro foi publicado esta quarta-feira. 

Atualmente, os homens são obrigados a apresentar-se numa unidade militar ao completarem 18 anos para uma seleção dos cursos de formação de suboficiais e de oficiais no Brasil. No caso das mulheres, o alistamento será voluntário e também a partir dos 18 anos. 

O Governo brasileiro explicou num comunicado que o decreto agora publicado permite "às Forças Armadas a ampliação da diversidade dos seus quadros, reconhecendo as capacidades e contribuições que as mulheres podem oferecer em contextos militares". 

Até agora, as Forças Armadas brasileiras só recebiam mulheres nos quadros em cargos de nível superior e funções além das militares, como médicas, engenheiras e coordenadoras de tráfego aéreo. 

Com a mudança, as Forças Armadas do Brasil (Marinha, Aeronáutica e Exército) vão receber também mulheres nos quadros para os cursos de suboficiais e de oficiais.  

O decreto, assinado pelo Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, prevê 1.500 vagas femininas no programa militar para mulheres, que começará em 2025. O tempo de serviço será de um ano, sendo possível prorrogar a cada ano até completar oito anos. 

As mulheres brasileiras que forem selecionadas não terão estabilidade no serviço militar e passarão a compor a reserva não remunerada das Forças Armadas após serem desvinculadas do serviço ativo. 

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