O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou Edmundo Gonzalez de cobardia, depois do candidato da oposição ter recusado comparecer em tribunal para ouvir a decisão sobre os resultados das eleições presidenciais.
"O tribunal convocou-o legalmente e ele recusou-se a comparecer. O tribunal voltou a chamá-lo várias vezes e ele recusou-se a comparecer. Por esta razão, hoje o tribunal considerou-o em desrespeito e isso tem graves consequências levais, criminais e administrativas."
Maduro chamou o opositor de "criminoso, assassino e terrorista", desafiando-o a sair às ruas da Venezuela: "Sai da tua caverna".
Edmundo Gonzalez recusou comparecer, acusando o Supremo Tribunal de funcionar como um braço direito do partido no poder, apesar de ser constitucionalmente independente. Disse ainda que o tribunal não tem qualquer direito constitucional de desempenhar funções eleitorais, tornando a sua decisão nula.
O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela confirmou esta quinta-feira os resultados eleitorais que deram a vitória a Nicolás Maduro. A presidente do tribunal assegurou ter sido feita uma análise rigorosa por especialistas nacionais e internacionais.
Na reação, o líder venezuelano disse ter sido uma decisão “histórica e contundente”. Já a oposição garantiu que a validação da vitória de Maduro vai acentuar a perseguição política. O exército venezuelano declarou lealdade absoluta ao Presidente.
A análise do supremo surge depois dos números publicados pelo Conselho Nacional Eleitoral terem sido questionados, inclusive pela comunidade internacional. Vários países, incluindo Portugal, recusaram-se a reconhecer a vitória de Maduro. O regime foi acusado de falta de transparência.