Altos funcionários do Irão garantiram à agência Reuters que o país está disposto a ceder e a não atacar se for conseguido um acordo de cessar-fogo e se sentir que Israel não é um bloqueio às negociações.
Acontece que, entretanto, o Hamas anunciou que não vai estar nas reuniões previstas para quinta-feira. Diz que o primeiro-ministro de Israel mente quando diz que quer um acordo.
Sem um dos principais envolvidos à mesa é quase certo que vai falhar mais uma tentativa de cessar-fogo, o que torna iminente o ataque do Irão a Israel.
O líder da autoridade palestiniana diz que a retaliação pela morte do líder do Hamas pode estar por dias ou por horas, mas Joe Biden ainda tem esperança.
“Está a ficar difícil. Veremos o que o Irão faz e veremos o que acontece se houver algum ataque, mas eu não vou desistir”, garantiu Biden.
A esperança passa por negociações indiretas que possam trazer resultados mais à frente.
O Secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, adiou a viagem ao Médio Oriente prevista para esta quarta-feira, alegou a instabilidade na região.
Ao mesmo tempo que apela ao cessar fogo e ao fim da guerra, os EUA aprovaram a venda de armamento a Israel no valor de quase 20 mil milhões de euros.
Entre o material estão caças F-15 e mais de 30 mil munições para tanques para que o país se consiga defender. Precisou de o fazer durante a noite, quando o Hezbollah disparou mais de 25 rockets a partir do Líbano. Não houve feridos, nem danos materiais.
Ataques em Gaza não acabam
Esta madrugada, um bombardeamento matou pelo menos 17 pessoas, entre elas, cinco crianças e os pais.
Já na terça-feira, um outro ataque matou os filhos gémeos de Mohammed Abu- Qumsan. O pai sobreviveu porque saiu de casa para levantar as certidões de nascimento.
"(…) recebi uma chamada a dizer-me que a casa onde estavam foi bombardeada, pessoas do bairro (ligaram-me). A minha mulher desapareceu, (com) os meus dois bebés e a minha sogra", contou Mohammed.
Os filhos gémeos tinham nascido há três dias.