O mundo está à espera do ataque iraniano e do Hezbollah contra o território israelita. Os Estados Unidos estão a organizar no Qatar uma coligação ocidental e árabe que vai participar na proteção de Israel.
Por agora, Teerão difunde vídeos de guerra psicológica que tentam mostrar a capacidade dos seus mísseis. Em Israel, o estado de alerta é máximo para fazer frente às represálias do Irão e dos seus aliados em toda a região, especialmente do grupo Hezbollah pró-iraniano, do Líbano, que jura vingança devido ao assassinato do seu alto oficial Fuad Shukur, no coração de Beirut.
O chefe de proteção da força aérea israelita, que permanece no anonimato, afirma que as unidades estão preparadas para todos os cenários.
“As nossas unidades participam em todas as operações do exército. Nas ofensivas, na defesa e na evacuação de feridos. Estamos preparados também para operações especiais. (…) Estamos preparados para qualquer missão em qualquer frente. Em Gaza, no norte e em lugares distantes. Nós estamos aqui para proteger a população civil que está ameaçada".
O Irão não esconde a sua humilhação pela operação dos serviços secretos israelitas que provocou a morte de Ismail Hania, líder do Hamas, que participou na tomada de posse do novo presidente iraniano e, horas depois, foi morto numa explosão no seu quarto na residência oficial de Teerão.
Uma carga explosiva tinha sido colocada no quarto de Hanie, semanas antes, sem que ninguém se apercebesse. À distância, alguém provocou a sua explosão quando Hanie estava a dormir.
Ataque pode alastrar conflito no Médio Oriente
Tanto o Irão como o Hezbollah afirmam que não temem uma guerra. Os EUA estão a reforçar a sua presença militar no Mediterrâneo oriental e no Golfo Pérsico com porta aviões, barcos de guerra, submarinos nucleares e embarcações que podem abater mísseis balísticos.
O general do Comando Central dos EUA Michael Kurilla chegou esta segunda-feira a Israel. O temor agora é que a resposta do Irão e dos seus aliados provoque uma guerra geral no Médio Oriente.