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Lagosta e pétalas de rosa: o banquete para Carlos III que custou ao Estado francês 475 mil euros

O Tribunal de Contas francês avisa que as receções de Estado estão a desequilibrar as contas da presidência de França e pede a Macron “esforços significativos” para reduzir as despesas.

Rita Carvalho Pereira

Guilherme Monteiro

O jantar? Uma sumptuosa lagosta. O convidado? O rei Carlos III, de Inglaterra. A conta? 475 mil euros. E quem pagou? Os franceses.

O presidente Emmanuel Macron recebeu o monarca britânico, no Palácio de Versalhes – e poderá ter levado demasiado à letra o facto de estarem na residência do extravagante famoso “rei sol” Luís XIV.

A visita de Estado de três dias aconteceu em setembro, mas só agora a despesa, revelada pelo relatório anual do Tribunal de Contas francês, está a ser amplamente divulgada.

O jantar - que, além de lagosta, envolveu caranguejo, toda uma variedade de queijos, e uma sobremesa feita de pétalas de rosas, framboesas e líchias - terá contribuído para o aumento das despesas com as receções de Estado, que levou a um défice de 8,3 milhões de euros no orçamento.

Para receber Carlos III (e nomes como o músico Mick Jagger ou o ator Hugh Grant, que também estiveram no banquete), a presidência francesa gastou 165 mil euros só no serviço de catering e mais 40 mil euros apenas em bebidas, de acordo com a BBC News.

O aviso do Tribunal de Contas

Se a receção a Carlos III leva o ouro no campeonato das despesas, a prata vai para um banquete destinado ao primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. Aconteceu no Louvre, em julho de 2023, e custou ao gabinete da presidência 412 mil euros, aponta também o relatório.

A despesa total subiu 14% em relação ao ano anterior, sendo que as receitas da presidência subiram apenas 6,5%.

O Tribunal de Contas avisa, por isso, que o Eliseu tem de fazer “esforços significativos” para restabelecer as contas e conseguir um balanço financeiro na presidência.

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