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Eleições Venezuela: só regimes "ditatoriais" reconhecem (e aplaudem) vitória de Maduro

A reeleição de Nicolas Maduro como Presidente da Venezuela está a ser contestada nas ruas e pela comunidade internacional. Apenas regimes ditatoriais como a Rússia, a China e Cuba aplaudem os resultados. A maior parte suspeita de fraude e pede uma recontagem dos votos por uma entidade independente.

Diana Pinheiro

O que para uns se trata de um momento digno de registo, para outros não passa de mais um atentado à democracia. Com vozes cada vez mais firmes, líderes de diferentes partes do globo pedem uma recontagem dos votos dos milhares de venezuelanos que foram chamados às urnas neste domingo.

“O Governo do Panamá anuncia a retirada do pessoal diplomático da Venezuela e suspende as relações diplomáticas até que seja efetuada uma revisão completa das atas e do sistema de contagem dos votos, o que permitirá conhecer a verdadeira vontade do povo”, diz Jose Raul Mulino, Presidente do Panamá.

“Em primeiro lugar, evidentemente, condenamos a fraude eleitoral perpetrada pelo regime do ditador Nicolás Maduro na República Bolivariana da Venezuela. A Argentina exige total transparência na contagem dos votos”, afirmou Manuel Adorni, porta-voz da Presidência Argentina.

Mais de 30 horas depois de conhecidos os resultados, parte da comunidade internacional continua sem reconhecer a vitória de Nicolás Maduro. Longe, mas atentos, os líderes exigem que dentro de pouco tempo os resultados sejam detalhadamente publicados.

“Ele pode ter ganho uma batalha ou acreditar que ganhou uma batalha. No entanto, o mais importante é que os leões venezuelanos acordaram”, conta Javier Milei, presidente da Argentina

Também o secretário-geral das Nações Unidos mostrou estar preocupado com os resultados e com a forma como foram apurados. É apenas mais uma das vozes de contestação.

Nas redes sociais, o empresário Elon Musk não tem poupado críticas ao presidente da Venezuela, que fez questão de lhe responder no primeiro discurso após a reeleição.

“Elon Musk, quem se mete comigo dá-se mal. Quem se mete com a Venezuela dá-se mal, Elon Musk. Queres uma luta? Vamos a isso, Elon Musk. Estou pronto. Sou filho de Bolívar e de Chávez! Não tenho medo de ti, Elon Musk”, afirmou Nicolás Maduro, presidente eleito da Venezuela.

11 anos depois de chegar ao poder, a história sobre a transparência ou a falta dela nas eleições repete-se. Apesar da contestação estar a aumentar, Nicolás Maduro continua a ter o apoio de países como Cuba, Irão, China e Rússia. No telegram, o Presidente Russo disse estar pronto para continuar o trabalho construtivo em conjunto.

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