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Pelo menos 11 pessoas morreram nos protestos contra a reeleição de Maduro

Mais de 750 manifestantes foram detidos pela polícia venezuelana. O líder da oposição María Corina Machado pede que as forças de segurança parem de reprimir manifestações pacíficas.

Matias Delacroix

SIC Notícias

Pelo menos 11 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nos protestos que acontecem desde segunda-feira à noite, na Venezuela, contra a reeleição de Nicolás Maduro.

Os dados foram atualizados numa conferência de imprensa em Caracas pelo Foro Penal (FP), uma ONG que manifestou preocupação pelo uso de armas de fogo no âmbito dos protestos.

"Em primeiro lugar, gostaria de falar sobre o número mais alarmante, que é o número de mortos nestas manifestações que começaram após a divulgação dos resultados das eleições e que, de alguma forma, estão relacionadas com a reivindicação dos resultados por parte da oposição", explicou o diretor da ONG.
"Há 11 pessoas confirmadas pelas diferentes organizações aqui presentes, que morreram nestes protestos ou manifestações, 5 das quais foram assassinadas na cidade de Caracas, duas no estado de Zúlia, duas em Yaracuy, uma em Arágua e uma em Táchira", precisou.

A Venezuela regista desde segunda-feira protestos em várias regiões do país, alguns deles violentos, contestando os resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

O CNE da Venezuela proclamou oficialmente, na segunda-feira, como Presidente Nicolás Maduro, para o período 2025-2031.

Mais de 750 manifestantes foram detidos pela polícia venezuelana. O líder da oposição María Corina Machado pede que as forças de segurança parem de reprimir manifestações pacíficas.

Já Nicolás Maduro fala em atos de violência levados a cabo por movimentos de extrema-direita. No plano diplomático, os Estados Unidos ponderam aplicar novas sanções contra o regime. Isto caso o governo venezuelano se recuse a dar mais detalhes sobre a contagem de votos.

Os 35 países da Organização dos Estados Americanos não reconhecem a vitória de Maduro nas eleições de domingo.

Com LUSA

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