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Com a oposição a liderar sondagens, Nicolás Maduro ameaça iniciar banho de sangue e guerra civil na Venezuela

No domingo, mais de 20 milhões de eleitores escolhem o próximo presidente da Venezuela. Nicolás Maduro avisa que se não ganhar, pode haver um banho de sangue. O candidato da oposição, Edmundo González é quem lidera na maioria das sondagens.

Catarina Lázaro

Entre a esperança e a incerteza há um nervoso miudinho que sobe de tom à medida que a campanha para a presidência da Venezuela entra na reta final.

Edmundo Gonzalez é o rosto da mudança e segue à frente na maioria das sondagens. Substitui María Corina Machado, a líder da oposição que foi proibida de exercer cargos públicos durante 15 anos. Afastada das urnas mesmo não sendo a candidata oficial, é ela quem atrai multidões nas ruas.

Com um discurso anticomunista, Machado quer pôr em prática um programa liberal e assume como missão o regresso ao país dos mais de sete milhões e meio de venezuelanos que emigraram na última década.

Com a preferida fora da corrida, o nome que consta no boletim de voto é o de Edmundo González. Aos 74 anos, o diplomata reformado sem experiência política trocou a vida tranquila como avô e pai de família pela de candidato da Plataforma Unitária Democrática.

Se González vencer, coloca um ponto final em 25 anos de governo do Partido Socialista Unido da Venezuela.

Nicolás Maduro, herdeiro de Hugo Chavez, concorre a um terceiro mandato. Já ameaçou com um banho de sangue e uma guerra civil, caso perca a eleição. Entre os que assistem à distância, muitos admitem que só a vitória da oposição seria motivo para regressar.

Com o país mergulhado numa crise económica, política e social, as eleições presidenciais de domingo na Venezuela podem ser as mais disputadas de sempre. Tudo aponta para a vitória da oposição mas por se tratar de um regime autoritário há analistas mais cautelosos que admitem a possibilidade de haver fraude na contagem dos votos.

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