O ainda primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, apresentará a sua demissão a Emmanuel Macron durante a manhã de segunda-feira, informa o próprio após terem sido divulgadas as primeiras sondagens oficiais, que dão a vitória à coligação de esquerda Nova Frente Popular.
Numa declaração ao país na sua residencial oficial, em Paris, após a segunda volta das eleições legislativas, Attal diz que não foi ele quem escolheu a dissolução do Parlamento francês, pelo que se recusa a "sofrê-la".
"Esta noite, nenhuma maioria absoluta pode ser liderada pelos extremos", aponta
O chefe do Executivo, referindo-se à coligação presidencial, garante que "mantivemo-nos firmes e continuamos firmes".
Sublinha que a coligação dos liberais se mantém de pé depois de ter alcançado três vezes mais votos do que inicialmente apontavam as projeções.
Em jeito de despedida, assume que ter sido primeiro-ministro "foi uma honra" e que ao longo do seu percurso "teve o prazer de escutar" o povo francês.
Por não ter alcançado a vitória este domingo, Attal informa que apresentará a sua demissão durante a manhã de segunda-feira.
"Sei que, neste momento, se apresentam muitas incertezas, uma vez que não há maioria absoluta. O nosso país está numa situação sem precedentes e vai ter muitas responsabilidades em breve", perspetiva.
Aponta que esta noite começa em França "uma nova era", motivo pelo qual atira que é essencial "continuar a lutar".
A aliança de esquerda, Nova Frente Popular, venceu as eleições legislativas francesas, à frente da coligação do Presidente Emmanuel Macron e da extrema-direita, segundo as primeiras projeções divulgadas após o fecho das urnas.