O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, criticou, esta terça-feira, o acordo entre os representantes das famílias políticas europeias para a escolha de António Costa, Ursula von der Leyen e Kaja Kallas para os cargos de topo europeus.
Numa publicação feita na rede social X, Orbán afirma que apenas a esquerda e os liberais saem representados, o que “semeia a divisão” na União Europeia.
“O acordo que o Partido Popular Europeu fez com a esquerda e com os liberais vai contra tudo aquilo em que se baseia a União Europeia”, escreveu o líder húngaro.
“Em vez de inclusão, semeia a divisão”, continuou Viktor Orbán.
“Os cargos de topo na União Europeia deviam representar todos os Estados-membros, não apenas os de esquerda e os liberais”, sublinhou.
Foi avançado, esta terça-feira, que os representantes do Partido Popular Europeu, dos Socialistas Europeus, e dos Liberais já chegaram a acordo para a divisão dos cargos de topo. O ex-primeiro-ministro português António Costa recebeu luz verde para assumir a presidência do Conselho Europeu, enquanto a alemã Ursula von der Leyen poderá ser reconduzida na presidência da Comissão Europeia e a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, deverá ocupar a chefia da diplomacia europeia.
Os três nomes têm ainda de ser aprovados pelos líderes europeus, que vão estar reunidos em Bruxelas esta quinta-feira.