Os países da União Europeia (UE) chegaram esta segunda-feira a acordo sobre a disponibilização à Ucrânia de 1.400 milhões de euros, no próximo mês, provenientes dos rendimentos de ativos financeiros russos congelados, anunciou o chefe da diplomacia europeia.
"Os ministros [dos Negócios Estrangeiros] chegaram hoje a um acordo sobre um quadro para a utilização dos lucros inesperados de bens russos imobilizados [em território europeu] e a sua alocação ao Mecanismo Europeu de Apoio à Paz", disse Josep Borrell, em conferência de imprensa no final de uma reunião no Luxemburgo.
Os primeiros 1.400 milhões de euros vão estar disponíveis já em julho e estão previstos "mais mil milhões de euros até ao final do ano", acrescentou.
Este dinheiro vai ser utilizado para o fornecimento de munições e armamento para ajudar a Ucrânia a debelar a invasão russa, que dura há quase dois anos e meio.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português já tinha anunciado, esta terça-feira, que os 1.400 milhões de euros provenientes dos lucros dos ativos russos congelados em apoio militar para a Ucrânia serão enviados "sem problema" porque "já havia um acordo."
O alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança revelou que estes lucros inesperados são para utilização "o mais rápido possível" e "para benefício da Ucrânia".
Mas "ainda há um país que está a bloquear a utilização de 6.000 milhões de euros", referiu, aludindo à oposição da Hungria:
"Como não quis participar, também não participa na decisão de como utilizar o dinheiro", acrescentou.
Com Lusa