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Que condições tem Benjamin Netanyahu para continuar a governar?

Na análise à atualidade internacional, Pedro Cordeiro destaca os últimos desenvolvimentos na crise política em Israel e o resultado da deslocação de Vladimir Putin à Coreia de Norte.

SIC Notícias

Os protestos contra o Governo de Israel são cada vez mais intensos. Na opinião do editor de Internacional do Expresso, para manter a coligação, o primeiro-ministro de Benjamin Netanyahu "tem que ter imensa autoridade política e moral, que tende a ter cada vez menos” e, nesse sentido, Pedro Cordeiro considera que “a sua queda estará para breve”.

“A saída dos membros da oposição que aceitaram, num momento de crise nacional e de necessidade de apelo à união, entrar para o Governo e que agora saem, mostrou que essa unidade já não existe. Era uma unidade muito periclitante num Governo que vai da direita aos judeus ortodoxos, à extrema-direita nacionalista e, portanto, é sempre uma equação difícil de manter", explica o editor de Internacional do Expresso.

Armas norte-coreanas “passam a jogar a favor da Rússia”

A Rússia e a Coreia do Norte vão prestar ajuda militar mútua caso um dos países seja invadido ou alvo de agressões. O Presidente russo diz que esta cláusula faz parte do acordo assinado entre Moscovo e Pyongyang.


Na visita à Coreia do Norte, Vladimir Putin e Kim Jong-Un acordaram a formação de uma aliança estratégica contra o ocidente. “Este acordo de alguma forma oficializa uma parceria, uma proximidade, uma aliança entre dois estados autoritários que já era conhecida”, sublinha Pedro Cordeiro.

“A Coreia do Norte é um país muito hermético, que não tem relações com a maioria dos países do mundo, mas sempre teve proximidade com a autocracia de Vladimir Putin e, neste caso, em que ambos têm problemas a resolver, digamos assim, esta aliança também mostra que podem ser úteis um ao outro”.

Os Estados Unidos receiam que esta parceria implique a troca de equipamento militar e armas para a Rússia usar na guerra contra a Ucrânia. Pedro Cordeiro realça que esse será o grande objetivo desta aliança.

“A ideia é mesmo essa. A Rússia está há dois anos e meio numa guerra com a Ucrânia, uma guerra que se tem de alguma forma atolado e perpetuado (…) O tempo joga a favor da Rússia a se houver armas norte-coreanas a chegar à Rússia, pois além do tempo há mais outros fatores que passam a jogar a favor da Rússia e é nisto que aposta Putin e, claro, no desafio à ordem mundial ocidental."

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