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Aviso da Noruega à NATO sobre ofensiva russa a médio prazo "deve ser levado a sério"

O comentador SIC Germano Almeida considera que este alerta deve obrigar os países da NATO a prepararem-se para um eventual ataque da Rússia em 2 ou 3 anos.

Germano Almeida

O chefe das Forças Armadas norueguesas faz um alerta à NATO de que as forças russas poderão estar prontas para atacar o Ocidente em 2 ou 3 anos. Antes, falava-se em cerca de 10 anos. Um aviso para levar a sério, afirma Germano Almeida.

"Este tipo de avisos não são alarmismo, não são exagero, são prudência e realismo. Ou seja, não há grandes dúvidas neste momento que a Rússia terá essa capacidade no prazo menor do que muitos achávamos".

Germano Almeida sublinha que "não quer dizer que a Rússia vá usar essa capacidade para atacar o espaço NATO", mas "pode haver uma evolução política e militar nos próximos anos que façam uma alteração e que aumentem a vulnerabilidade do nosso espaço, é isso que não podemos permitir".

Perante esta ameaça, Germano Almeida diz que temos de ter "uma reação realista de prudência, com novas estruturas de comando, novas estruturas de forças e novos planos regionais, (...) também uma preparação política e até mental das próprias sociedades europeias, no sentido de nos prepararmos para isso e já agora, também que os países cumpram com as suas obrigações a que se comprometeram a atingir os 2% do PIB para a defesa".

Conferência de Paz para a Ucrânia na Suíça

Nesta altura há já 107 países confirmados. Os Estados Unidos avançam que serão representados por Kamala Harris.

"Acho que Joe Biden está de forma prudente a deixar em aberto a possibilidade nas próximas 2 semanas de países que estejam de algum modo mais próximos da esfera russa, mas que tenham boas boas relações com Ucrânia, de poderem ter condições de dizer que sim e com uma confirmação da presença de Joe Biden, teriam menos essa possibilidade".

A presença confirmada de 107 países "é, de facto, um bom número. Esperemos que ele aumente ainda mais, embora haja aqui algumas negativas, um pouco surpreendentes. Sobretudo da Arábia Saudita".

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