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Espanha reconhece Estado da Palestina: "Justiça histórica" e "necessidade perentória para a paz"

Numa declaração pública feita esta terça-feira, em Madrid, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, garantiu que o Estado da Palestina tem de ser viável, com a Cisjordânia e Gaza ligadas por um corredor, a capital em Jerusalém Este e todo o território unificado sob "o governo legítimo" da Autoridade Nacional Palestiniana.

SIC Notícias

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, confirmou que Espanha passa a reconhecer formalmente a Palestina como Estado independente, uma decisão que garante ter por base o "respeito pelo Direito Internacional" e a "justiça histórica".

Num anúncio feito durante esta manhã, o líder do Governo espanhol informou que na reunião do Conselho de Ministros agendada para esta terça-feira será aprovado "o reconhecimento oficial do Estado da Palestina".

"É não só uma questão de justiça histórica para com as legítimas aspirações do povo palestiniano, mas é também uma necessidade perentória, se todos quisermos alcançar a paz", referiu.

Sánchez disse que não cabe a Espanha definir as fronteiras de outros Estados, pelo que o reconhecimento da Palestina que fará o Conselho de Ministros tem como base as resoluções das Nações Unidas e os limites fixados em 1967, só reconhecendo alterações se forem acordadas entre as partes.

Para o líder do Governo espanhol, o Estado da Palestina tem de ser viável, com a Cisjordânia e a Faixa de Gaza ligadas por um corredor, a capital em Jerusalém Este e todo o território unificado sob "o governo legítimo" da Autoridade Nacional Palestiniana.

"Não é uma decisão contra ninguém"

Sánchez fez ainda questão de frisar que esta decisão não tem como objetivo branquear o grupo radical do Hamas, coletivo que "está contra a solução de dois Estados".

"Não é uma decisão contra ninguém, menos ainda contra Israel, um povo amigo, que respeitamos", afirmou Sánchez, que assegurou estar em causa "uma decisão histórica que tem um único objetivo, contribuir para que israelitas e palestinianos alcancem a paz".

Com Lusa

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