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Israel proíbe consulado espanhol em Jerusalém de prestar serviços a palestinianos

Espanha, Irlanda e Noruega anunciaram a sua decisão de reconhecer a Palestina como Estado, a partir de de 28 de maio. Anteriormente, outros nove Estados-membros da União Europeia já tinham tomado a mesma decisão.  

O consulado espanhol em Jerusalém
AHMAD GHARABLI/AFP via Getty Images

Ana Rute Carvalho

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel ordenou esta segunda-feira que o consulado espanhol em Jerusalém parasse de fornecer serviços consulares a palestinianos a partir de 1 de junho.  

A proibição surgiu após Espanha reconhecer a Palestina como um Estado, na semana passada.  

Segundo a agência France-Presse, a partir de 1 de julho, o consulado espanhol estará “apenas autorizado a prestar serviços consulares aos residentes do distrito consular de Jerusalém, e não está autorizado a exercer atividade consular no que diz respeito aos residentes da Autoridade Palestina” 

Num outro comunicado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Israël Katz, confirmou que implementou “medidas preliminares de punição contra o consulado espanhol em Jerusalém após o reconhecimento pelo Governo espanhol de um Estado palestiniano”. 

“Não toleramos que prejudiquem a soberania e a segurança de Israel”, acrescentou.  

Espanha é um dos países europeus que mais tem criticado Israel durante a guerra em Gaza, que começou em outubro de 2023 e já fez 35.984 mortos, segundo o enclave.  

Na semana passada, Espanha, Irlanda e Noruega anunciaram a sua decisão de reconhecer a Palestina como Estado, a partir desta terça-feira, 28 de maio. Para além destes três, outros nove Estados-membros da União Europeia já tinham reconhecido a Palestina: Bulgária, Chipre, República Checa, Hungria, Malta, Polónia, Roménia, Eslováquia e Suécia. 

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