Depois de mais de 10 dias, o estado brasileiro do Rio Grande do Sul ainda sofre o impacto das chuvas, que já causaram perto de 140 mortes. Várias cidades continuam inundadas.
Há muito a ser feito. Onde a água já baixou, o difícil trabalho de tirar toda a lama. O mais urgente são os hospitais e postos de saúde, que tentam retomar os atendimentos.
Mas, em algumas cidades o cenário é desolador, e a sensação é de que não há muito a fazer. Nem há certezas de que será possível regressar, depois de três cheias em menos de um ano.
Outra prioridade agora é tentar recuperar os acessos que foram interrompidos em vários pontos do estado. Em algumas zonas, a ajuda ainda só é possível pelo ar. Aeronáutica e Marinha montaram uma grande operação. O maior navio de guerra da América Latina já chegou ao Rio Grande do Sul, com ajuda para a população.
Muitos ainda estão isolados em casa, sem luz nem água potável.
As equipas já resgataram mais de 70 mil pessoas, e o trabalho continua, principalmente em cidades no sul do estado, onde a água subiu nos últimos dias, e fez muita gente sair de casa.
Na capital, Porto Alegre, o nível do rio Guaiba tem descido, mas muito lentamente.
Há mais de uma semana, um grupo de vizinhos, que teve as casas submersas, improvisou um acampamento num camião. Têm consciência de que ainda vai demorar para começar a pensar em retomar a rotina.
Nas cidades inundadas, tudo o que não poderia acontecer é mais chuva, mas ela voltou a cair, e a expectativa é de mais temporais neste final de semana.