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Uma viagem (sem regresso) dentro de um buraco negro

Como seria passar do horizonte de eventos de um buraco negro? Uma simulação da NASA permite-nos fazer uma viagem que nunca faremos: cair dentro de um buraco negro.

Catarina Solano de Almeida

Para marcar a "semana do buraco negro", a NASA publicou online uma simulação de uma viagem dentro deste objeto cósmico extremamente misterioso e fascinante que se forma a partir do colapso de estrelas massivas.

As simulações imersivas, produzidas num supercomputador da NASA, mostram-nos como seria ser sugado por um buraco negro supermassivo.

Imaginamos ser um astronauta incauto que mergulha no horizonte de eventos, o ponto sem retorno de um buraco negro, o anel dourado que o rodeia ,explica a NASA.


O astrofísico do Goddard Space Flight Center da NASA que criou as visualizações, Jeremy Schnittman, explica que simulou estes processos difíceis de imaginar para ter uma ideia das "consequências reais no universo real".

"Simulei dois cenários diferentes, um em que uma câmara – um substituto de um astronauta ousado – aproxima-se do horizonte de eventos mas é lançado para trás, e outro em que cruza essa fronteira, selando o seu destino.”

Turbilhão psicadélico digno de ficção científica

Para ilustrar o seu ponto de vista, a NASA mostra uma pequena câmara a rodar primeiro em torno do anel exterior do buraco negro, em direção ao seu centro. Um movimento que é “tão rápido que a simulação desacelera para se ver melhor”, explica a NASA.

O mergulho dura dez minutos, num turbilhão psicadélico digno de um filme de ficção científica. A luz acaba por desaparecer e é a escuridão total.

As visualizações estão disponíveis em vários formatos: vídeos explicativos como guias turísticos a acompanhar a viagem, vídeos em 360 graus que permitem ao "viajante" olhar em redor durante o percurso e outros vídeos que reproduzem mapas planos do céu.


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