Na universidade da Califórnia, em Los Angeles, a polícia interveio para controlar a violência entre manifestantes pró-palestinianos e pró-judaicos. Os confrontos começaram quando um grupo de apoio a Israel atacou uma das barricadas montadas nos relvados.
A maioria dos envolvidos neste movimento exige o fim da guerra em Gaza, a não colaboração universitária com empresas ou projetos israelitas e condena a radicalização destes protestos.
Na costa leste, os reitores da universidade de Columbia, chamaram também a polícia para desalojar os alunos entrincheirados num dos prédios principais.
Ocupado e rebatizado com o nome de Hind, uma menina palestiniana de seis anos morta na ofensiva israelita a Gaza.
Mais de 300 estudantes foram detidos nesta operação que durou pouco mais de duas horas. As aulas permanecem suspensas até à limpeza do local e à desmontagem do acampamento pró-Palestina.
Como berço da atual onda de contestação, Columbia mantém a tradição de ativismo estudantil. Nos anos 60 do século passado, houve manifestações contra a segregação racial e a guerra do Vietname.
Nos anos 80, esta universidade de Nova Iorque esteve ligada à luta pela libertação de Nelson Mandela e contra o apoio ao regime do apartheid, na África do Sul.
De Columbia para todos os Estados Unidos, o movimento alastrou já a dezenas de universidades, provocou o cancelamento de exames, aulas e cerimónias de formatura. Mais de mil pessoas foram detidas nos últimos dias.
A milhares de quilómetros de distância, na Faixa de Gaza, alguns civis fizeram já questão de agradecer este apoio dos estudantes universitários americanos à causa palestiniana.