Uma menina de 14 anos ficou em coma após ter sido espancada na terça-feira por outros três jovens, junto a uma escola em Montpellier, no sul de França. A jovem já não se encontra em coma, mas ficou gravemente ferida. O Governo francês já abriu uma investigação ao caso.
A vítima, chamada Samara, saiu do coma, mas ficou “gravemente ferida” no ataque ocorrido na tarde de terça-feira em frente à faculdade Arthur Rimbaud, no distrito de La Mosson-La Paillade, de acordo com os procuradores encarregues deste caso de violência.
Os três jovens, alegados autores do espancamento, já foram presos sob suspeita de tentativa de homicídio da menor, de acordo com o The Guardian.
Um dos acusados é uma jovem de 14 anos, que estuda na mesma escola da vítima, e que foi detida na quarta-feira após ter confessado o crime. Os outros dois acusados são também menores de 14 e 15 anos, que foram igualmente presos.
A ministra da Educação francesa, Nicole Belloubet, ordenou uma investigação por inspetores do seu ministério, que teriam oito dias úteis a partir de sexta-feira para relatar as circunstâncias que envolveram o ataque.
“Esta missão terá como objetivo estabelecer a realidade dos factos e estabelecer responsabilidades”, disse a ministra à televisão francesa BFMTV, acrescentando que se devia “a verdade” a Samara.
A sua mãe da vítima, Hassiba, disse em entrevistas à imprensa que a filha terá sido intimidada por um colega durante dois anos e meio, levantando a possibilidade do caso de violência poder ter acontecido devido ao comportamento e vestuário terem sido considerados não-islâmicos.
“Na verdade, não entendo os motivos desta criança para atacar Samara constantemente, mas há algo. Eu acho que é o fato dela [Samara] talvez ser um pouco mais liberal do que alguns estudantes”, contou a mãe à BFMTV.
O Presidente francês já expressou “solidariedade” para com a menina.
Em comentários à televisão francesa, pediu ainda cautela ao tirar conclusões sobre as circunstâncias do ataque.
“Nesta fase, eu seria cauteloso ao categorizar as coisas. Quero que toda a verdade seja estabelecida com calma e que as conclusões então sejam tiradas", explicou Emmanuel Macron.