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Desflorestação mundial: em 2023 perdeu-se uma área do tamanho da Suíça

Em 2023, o Mundo perdeu uma área de floresta de mais de 37.000 quilómetros quadrados. A desflorestação diminuiu na Amazónia, mas o Brasil continua a estar entre os países onde, a cada ano, se cortam ou queimam mais árvores.

Teresa Canto Noronha

A destruição das florestas é um dos fatores que mais contribuem para as alterações climáticas. As árvores absorvem naturalmente o dióxido de carbono. Porém, se forem queimadas ou cortadas libertam-no para a atmosfera, onde o gás se fixa e faz o chamado efeito de estufa.

Segundo os dados mais recentes, há boas notícias nos trópicos, sobretudo na Amazónia, onde o desmatamento diminuiu 9% no ano passado, quando comparado com 2022. Mas o Brasil continua entre os países que mais árvores cortam em todo o mundo.

"Tanto Brasil como Colômbia tiveram mudanças de liderança no último ano, e as novas administrações desses países colocaram as florestas como uma prioridade", diz Mikaela Weisse, da Global Forest Watch.

Ainda assim, o Brasil continua entre os países que mais árvores cortam em todo o Mundo. A Bolívia, a Indonésia e a República Democrática do Congo também fazem parte desta lista.

A nível global, a desflorestação continua demasiado alta. Em 2023, o Mundo perdeu uma área de floresta de mais de 37.000 quilómetros quadrados - quase o tamanho da Suíça ou da Holanda, por exemplo. E as estatísticas mostram que, apesar das exceções, a situação está a piorar.

Maioria é fogo posto

Os incêndios, como os que estão a queimar uma parte significativa de floresta na Venezuela, são cada vez mais frequentes. O governo de Caracas já registou mais de 30.000 fogos desde janeiro - o número mais alto de sempre no país.

A seca é em parte responsável por muitos destes incêndios. Mas os especialistas dizem que a maior parte destes fogos são provocados intencionalmente. É fogo posto para destruir as florestas e dar espaço a campos agrícolas e à expansão de cidades e vilas.

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