Esta quarta-feira, na antena da SIC Notícias, o comentador Germano de Almeida analisou o posicionamentos dos Estados Unidos nas guerras e as sondagens para as Eleições Presidenciais que terão lugar em novembro.
“Neste ano de todas as eleições, a mais relevante delas todas a eleição de 5 de novembro - a 230 dias - já percebemos que se mantém perfeitamente empatada”, afirma Germano de Almeida.
A sondagem CIVIS, realizada entre 9 e 12 de março, apresentava uma estimativa de votos de 45% para Joe Biden e 44% de votos para Donald Trump, naquela que foi “a primeira grande sondagem pós-Estado da União”.
O Estado da União
De acordo com Germano Almeida, os resultados das sondagens podem ter sido influenciados pela prestação de Joe Biden no Estado da União.
“O Estado da União é o momento político mais importante do ano político da América […] O que na minha opinião é relevante sobre o que aconteceu no Estado da União é que Biden apontou o seu caminho para a reeleição”, explicou enumerando as medidas apresentadas.
Ainda assim, o comentador desvaloriza o impacto deste discurso no momento das votações, tendo em conta os oito meses que decorrentes até lá, frisando apenas que “foi um bom indicador que temos um Biden focado e apto para a reeleição”.
Trump insinua “banho de sangue” se perder
Para o comentador da SIC Notícias, a atual estratégia de Donald Trump “tem a ver com uma espécie de negacionismo, que ele nunca largou".
Sobre a expressão 'blood bath'/'banho de sangue' afirma: “Quem ouvir as declarações percebe que ele disse exatamente isto, ‘se eu não for eleito, há o risco de um banho de sangue neste país’.”
“Estamos num ano em que, pela primeira vez - além da propaganda política que tem sempre um lado de mentira -, a tecnologia está a agravar isso e este ano vamos ver se a inteligência artificial vai agravar o risco de fake news”, afirma Germano de Almeida, explicando que os apoiantes do ex-Presidente dos EUA "acreditam nos vídeos falsos que reforçam as suas crenças".
Eleitores de Nikki Haley preferem Biden?
O anúncio do abandono da corrida das primárias presidenciais republicanas nos EUA, acontece depois de Nikki Haley ter perdido 14 dos 15 estados que foram a votos na Super Terça-feira.
A questão que surge é para que candidato irão ser redirecionados os votos da ex-candidata republicana à presidência dos Estados Unidos.
“Sondagens feitas após ela [Nikki Haley] ter desistido, junto dos seus votantes, mostram que 63% dos votantes preferem votar em [Joe] Biden em novembro, e só 27% em [Donald] Trump. Se isto for assim, Biden ter fortes possibilidades de ser reeleito”, diz o comentador.
Na opinião de Germano de Almeida este não é um resultado certo, tendo em conta “que Trump tem o mérito de mudar" essa intenção de voto.