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China denuncia alegadas atividades de "espionagem estrangeira" relacionadas com segurança alimentar

Um artigo publicado na conta oficial do Ministério da Segurança da China diz que, durante os últimos anos, as agências de segurança do país desmantelaram várias atividades de espionagem relacionadas com a segurança alimentar e “cortaram as mãos negras do estrangeiro”.

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Lusa

O Ministério da Segurança do Estado da China sublinhou esta segunda-feira a importância da segurança alimentar e denunciou as atividades de "espionagem estrangeira" que tentam extrair informações sobre o setor agrícola do país.

O artigo, publicado na conta oficial do Ministério na rede social WeChat, cita um provérbio chinês que diz que os cereais são "a base do povo e da nação" e um "ativo valioso".

De acordo com o Ministério, a segurança alimentar é uma "componente essencial" da segurança nacional e está "intimamente relacionada" com o bem-estar geral do país.

O artigo refere que, nos últimos anos, as agências de segurança nacional da China desmantelaram várias atividades de espionagem relacionadas com a segurança alimentar e "cortaram as mãos negras do estrangeiro" que tentavam roubar informações sobre o setor do germoplasma, relativo ao armazenamento de genes que perpetuam uma espécie ou população de organismos.

O Ministério também mencionou que a China promulgou e reviu várias leis para "fornecerem uma sólida proteção legal" no estabelecimento de um sistema que garanta a segurança alimentar.

"Um celeiro cheio garante a paz no céu", diz outro provérbio citado pelo Ministério.

No ano passado, o Presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que, embora "1,4 mil milhões de chineses comam bem" atualmente, "não se deve relaxar na questão alimentar".

O abastecimento alimentar não pode ser considerado "uma questão insignificante", disse Xi, alertando que o país não pode "depender apenas do mercado internacional" para o garantir.

De acordo com Xi, a China terá de aderir aos princípios da "autossuficiência baseada na produção interna" e da "moderação das importações de cereais".

A China tem menos de 9% das terras aráveis do mundo, apesar de a população representar 18% do total mundial.

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