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Nações Unidas lançam comida e medicamentos de avião sobre Gaza

No norte do território, e pela primeira vez desde outubro passado, a Organização Mundial de Saúde está também a entregar combustível e ajuda médica aos hospitais atingidos pelos bombardeamentos.

Aurélio Faria

Margarida Bento

Os Estados Unidos já apelaram ao Hamas para que aceite tréguas imediatas na Faixa de Gaza. O apelo coincide com a retomada das negociações no Cairo, onde está a ser discutida também a libertação dos reféns. No terreno, ao mesmo tempo que mantêm a ofensiva, Israel permitiu esta terça-feira o novo lançamento aéreo de ajuda humanitária sobre Gaza.

Na Faixa de Gaza, esta terça-feira foi marcada por novo pacote de ajuda humanitário a ser lançado por via aérea.

Numa operação internacional, coordenada pela Jordânia, voltaram a ser lançados medicamentos e comida em áreas onde não têm entrado os camiões da ONU.

No norte do território, e pela primeira vez desde outubro passado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) está também a entregar combustível e ajuda médica aos hospitais atingidos pelos bombardeamentos.

A missão confirmou já que a fome é o atualmente o maior dos problemas.

Ataques continuam a sul de Gaza, com nova investida em Khan Younis

Israel mantém a ofensiva e a pressão militar sobre o sul de Gaza, onde, pelo menos, dezassete pessoas terão morrido em novo ataque a Khan Younis.

Esta terça-feira, foram ainda divulgadas imagens da destruição do que o exército israelita diz ser o maior túnel do Hamas, que se encontrava no norte do enclave. Este teria amplas ramificações em direção a território israelita.

A nível diplomático, continuam a decorrer as conversações do Cairo para negociar um cessar-fogo e libertar os reféns, mas sem surtir quaisquer resultados.

Em Washington, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos já responsabilizou o Hamas pelo sucesso destas discussões.

ONU investiga abusos sexuais sobre os reféns

Um novo relatório da ONU acusa o Hamas de abusos sexuais sobre os reféns. A investigação recolheu provas convincentes de que foram cometidos crimes durante e depois dos ataques de 7 de outubro.

O ministro israelita dos Negócios Estrangeiros acusou de imediato António Guterres de tentar silenciar as conclusões deste relatório.

O secretário-geral da ONU rejeitou já as acusações, tendo garantido que a missão da enviada especial foi realizada de forma meticulosa e diligente.

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