Terminaram sem acordo as negociações no Egito com vista a um cessar-fogo temporário em Gaza. As Nações Unidas dizem entretanto ter encontrado provas de que o Hamas violou e torturou reféns israelitas.
Mais uma ronda falhada de negociações e, por isso, para já, não há entendimento entre Israel e o Hamas.
Isto, apesar de toda a pressão internacional e a poucos dias do Ramadão, data que estava a ser apontada como provável início de um cessar-fogo e que Telavive impôs como limite para a libertação dos reféns.
Israel estará a exigir ao Hamas uma lista rigorosa dos reféns que ainda estão em Gaza, mas o grupo terrorista diz que isso é impossível por não saber, neste momento, quem está vivo ou morto.
A juntar à incerteza sobre o destino e estado de saúde dos reféns que domina as negociações, surgem conclusões preocupantes num novo relatório da ONU, que garante que tem provas convincentes de que o Hamas violou e torturou reféns israelitas durante os ataques de 7 de outubro.
A ONU diz que há também motivos razoáveis para acreditar que essa violência ainda pode estar a acontecer.
Entretanto, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita acusou António Guterres de tentar silenciar as conclusões do relatório.
O secretário-geral das Nações Unidas já reagiu rejeitando as acusações. Garante que o trabalho da enviada especial da ONU foi realizado de forma meticulosa e diligente.