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"Não tenho mais ninguém": mais dois ataques a civis em Gaza provocam pelo menos 12 mortos

Foram divulgadas, nas redes sociais, imagens de mais dois alegados ataques a civis em território de Gaza.

Aurélio Faria

Daniel Fernandes

O Governo israelita exigiu uma prova de vida dos reféns em Gaza, e não enviou uma delegação ao Cairo para negociar um acordo de tréguas de seis semanas. No terreno, o Hamas denunciou dois novos ataques a civis, que aguardavam pela chegada de ajuda humanitária.

Foram divulgadas, nas redes sociais, imagens de mais dois alegados ataques a civis em território de Gaza.

O primeiro ataque terá acontecido num dos acessos à cidade de Gaza, e provocou a debandada da multidão que aguardava pela chegada de ajuda humanitária.

Também no centro do território de Gaza, mais precisamente em Deir al Balah, decorreu um segundo ataque, onde soldados israelitas terão disparado contra um grupo que esperava um camião com comida. Os médicos dos hospitais confirmaram a existência de vítimas.

Em Rafah, local onde se encontra um milhão e meio de deslocados, pelo menos doze pessoas morreram em bombardeamentos israelitas, que atingiram duas áreas residenciais.

Rania perdeu o marido e os filhos gémeos de cinco meses.

“Não tenho mais ninguém. Não tenho mais ninguém. Eles estão junto do pai. Estávamos a dormir. Estas são as roupas do meu filho”, contou Rania.

Israel falha acordo de tréguas

A continuação da ofensiva israelita coincide com outra ronda falhada de negociações no Cairo.

Israel não enviou uma delegação e exige agora uma prova de vida dos reféns em Gaza.

Já o Hamas, apelou a uma ronda diária de confrontos com os soldados durante o Ramadão que se inicia na próxima semana.

Em Genebra, a escalada do conflito na região marcou já esta segunda-feira o Conselho de Direitos Humanos da ONU.

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