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Fecundidade mundial continua em queda (e a Coreia do Sul é o país com a tendência mais baixa)

A tendência de descida da taxa de fecundidade nos países mais ricos, começa a notar-se também nas nações em vias de desenvolvimento e os peritos dizem que se vai alastrar-se às regiões mais pobres.

Teresa Canto Noronha

O número de nascimentos no mundo está a diminuir a cada ano. A situação é visível nos países mais ricos, onde começa a estar comprometida a renovação das gerações.

A cada ano, nascem menos bebés no mundo e este ritmo estima-se que, no final do século, a população mundial deverá começar a diminuir e haverá mais pessoas idosas do que jovens.

A tendência de descida da taxa de fecundidade nos países mais ricos, começa a notar-se também nas nações em vias de desenvolvimento e os peritos dizem que se vai alastrar-se às regiões mais pobres.

Neste momento, a média global é de 2.3 filhos por cada mulher, mas nas economias mais fortes já está muito abaixo disso.

Países com menor natalidade

Em Espanha, por exemplo, em 2023 só nasceram 322 mil bebés, no número mais baixo desde que há registos, e que representa uma quebra de 24% em 10 anos.

A taxa de fecundidade espanhola é a segunda mais baixa da União Europeia (UE), com uma média de 1.19 filhos por mulher, a seguir à de Malta.

Portugal situa-se, atualmente, na média de 1.4 filhos por mulher.

Do outro lado do planeta, a Coreia do Sul mantém-se na liderança da tabela mundial, com menos de 1 bebé por cada mulher.

Os dados mais recentes, divulgados esta semana, mostram que foi mesmo batido o recorde e a taxa de fecundidade sul-coreana ficou-se pelos 0.72, o que isto significa que não há renovação geracional. Ou seja, há cada vez mais pessoas mais velhas, que vivem mais tempo, e cada vez menos jovens que entrem para o mercado de trabalho e possam garantir o futuro dos sistemas de assistência social e pensões.

A Coreia do Sul é, para já, o único país membro da OCDE, com uma taxa inferior a 1.

O governo de Seul diz que aumentar o número de nascimentos é, agora, uma das mais importantes prioridades e prometeu medidas económicas e sociais que combatam a descida.

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