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"Nenhum soldado" da Europa ou da NATO será enviado para a Ucrânia, garante chanceler alemão

A França ficou sozinha na ideia. Nenhum membro da NATO admite (para já) enviar tropas para a Ucrânia. A reação em bloco surgiu um dia depois da cimeira em Paris, que procurou responder aos avanços russos.

João Nuno Assunção

O chanceler alemão, Olaf Scholz, garantiu, nesta terça-feira, que "nenhum soldado" será enviado para a Ucrânia por países europeus, ou da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), rejeitando a possibilidade levantada no dia anterior pelo Presidente francês, Emmanuel Macron.

Em conferência de imprensa, Scholz afirmou que o que foi decidido entre os europeus desde o início "continua a ser válido para o futuro", nomeadamente que "não haverá tropas no terreno, nem soldados enviados por Estados europeus ou pela NATO para solo ucraniano".

A reação em bloco surgiu um dia depois da cimeira em Paris, que procurou responder aos avanços russos na Ucrânia.

Antes da visita desta terça feira à Arabia Saudita para debater a formula de paz, o chefe de estado da Ucrânia já tinha saudado a declaração de Macron que, de acordo com o Kremlin, abre caminho a um conflito armado entre a Rússia e a NATO.

O debate inaugurado por França acontece numa altura delicada para as tropas de Kiev, que se encontram exaustas, com falta de armas, munições e até de efetivos. Estão a recuar no Donbass e na região de Kherson, mas podem estar prestes a ser expulsas da margem oriental do rio Dnipro.

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