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Embaixador ucraniano prevê visita do Papa a Kiev para breve

O embaixador ucraniano na Santa Sé, Andrii Yurash, disse esta sexta-feira que "haverá em breve" uma visita do Papa a Kiev, adiantando que o país tem repetido o convite regularmente.

Papa Francisco
YARA NARDI

SIC Notícias

Andrii Yurash, embaixador ucraniano no Vaticano, acredita que haja uma vista do Papa Francisco a Kiev brevemente, acrescentando que o convite já foi feito várias vezes e que o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, também se manifestou a favor.

"Estamos conscientes de que, mais cedo ou mais tarde, o Papa se mostrará disposto a fazer uma visita, o que, para a Ucrânia, será algo extremamente importante", acrescentou, numa entrevista divulgada esta sexta-feira pelo Skytg24.

Na véspera de se completarem dois anos do início da guerra na Ucrânia, o embaixador garantiu que a população sente a proximidade do Papa e que o pontífice "tem arranjado sempre forma de mostrar o seu apoio", nomeadamente quando envia mensagens durante as audiências gerais.

Yurash sublinhou também que o apoio humanitário do Vaticano é muito importante e observou que a Santa Sé continua a trabalhar no regresso das quase 100.000 crianças ucranianas levadas para a Rússia e Bielorrússia.

O embaixador lembrou que o Papa Francisco nomeou o cardeal Matteo Zuppi para ser o responsável por seguir o conflito e especialmente pelo regresso das crianças, sublinhando que aquele responsável do Vaticano "está a fazer grandes esforços".

"Acredito que a Santa Sé não se limita apenas a fazer declarações a pedir a paz, está mesmo a trabalhar de forma concreta", acrescentou o embaixador.

O representante do Papa visitou no ano passado Moscovo, Kiev, Washington e Pequim numa tentativa de mediar a guerra, mas sobretudo para fins humanitários e para pedir o regresso das crianças ucranianas, mas os seus esforços não produziram até agora quaisquer resultados.

Francisco deixou claro em várias declarações que está disposto a ir a Kiev se também puder visitar Moscovo.

A guerra na Ucrânia teve início em 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia lançou uma ofensiva militar com o argumento de que queria defender os territórios pró-russos e eliminar o nazismo no país vizinho. A ofensiva militar russa provocou a crise de segurança mais grave da Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Com Lusa

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