O ERS-2, um dos satélites mais sofisticados à data do seu lançamento, em 1995, vai reentrar na atmosfera da Terra na quarta-feira, depois de em 2011 a Agência Espacial Europeia ter decidido terminar a missão e retirá-lo de órbita.
A hora exata em que o ERS-2 voltará a entrar na atmosfera da Terra, 28 anos depois, é difícil de prever. Sabe-se apenas que acontecerá na quarta-feira, mas há uma janela temporal de cerca de 10 horas.
Com uma peso estimado de 2.294 quilos depois de esgotado o combustível, o ERS-2 deverá incendiar-se quando estiver a cerca de 80 quilómetros da superfície da Terra.
A Agência Espacial Europeia disse que alguns dos fragmentos podem atingir a superfície do planeta, mas não conterão substâncias nocivas e provavelmente cairão no oceano.
A probabilidade de uma pessoa ser ferida por detritos espaciais é inferior a 1 em 100 mil milhões, cerca de 1,5 milhões de vezes inferior ao risco de morrer num acidente em casa, informa a Agência Espacial Europeia.
Um dos satélites mais sofisticados do seu tempo
O ERS-2 foi lançado a 21 de abril de 1995 e era, na altura, um dos satélites mais sofisticados do seu género a ser produzido e lançado na Europa.
Durante 16 anos estudou e recolheu dados valiosos - que ainda hoje são utilizados - sobre as calotas polares, os oceanos e a superfície terrestre.
Em 2011, a agência decidiu pôr fim às operações do ERS-2 e retirá-lo de órbita, tendo concluído oficialmente a sua missão a 11 de setembro desse ano. As manobras realizadas então colocaram o satélite numa trajetória de aproximação lenta à Terra de forma a reentrar na atmosfera.