A Rússia colocou a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, e o ministro da Cultura da Lituânia, Simonas Kairys, na lista de procurados.
O nome de Kallas aparece, mas não é especificado quais acusações às quais a primeira-ministra da Estónia está associada.
Já o de Kairys aparece associado à destruição ou danos causados a monumentos dedicados aos soldados soviéticos no país báltico.
É a primeira vez que este Ministério do Interior russo coloca um líder estrangeiro numa lista de procurados.
Kallas tem sido uma forte apoiante da Ucrânia ao incentivar a assistência militar a Kiev e o reforço de sanções contra a Rússia. A primeira-ministra da Estónia também apoiou a remoção de monumentos aos soldados soviéticos da II Guerra Mundial.
O secretário de Estado da Estónia, Taimar Peterkop, também foi colocado na lista de procurados, segundo o mesmo registo.
Estas medidas parecem refletir uma tentativa de Moscovo de aumentar a pressão sobre o Ocidente, à medida que enfrenta a pressão dos aliados da NATO, isto quando a guerra na Ucrânia se aproxima da marca de dois anos.
Kallas denuncia “tática de intimidação”
A primeira-ministra da Estónia denunciou as "habituais táticas de intimidação" da Rússia.
"A ação da Federação Russa não é surpreendente, pois é a sua tática habitual de intimidação", denunciou em comunicado, prometendo continuar a apoiar a Ucrânia devastada pela guerra e a lutar contra a "propaganda russa".