Durante um mês, os agricultores polacos vão bloquear vários acessos em todo o país, incluindo as fronteiras com a Ucrânia. Estão revoltados com o corte nos apoios, as regras casa vez mais apertadas e a concorrência de países fora da União Europeia que consideram desleal.
O Conselho Nacional das Câmaras Agrícolas diz que todos concordam com três exigências principais: não querem a implementação do Pacto Ecológico Europeu, nem a importação de produtos agrícolas da Ucrânia e exigem apoio à criação de animais.
O ministro da Agricultura diz que as reivindicações são justas e que já foram comunicadas à Comissão Europeia. Diz ainda que estão a decorrer conversações para definir novas regras para o comércio com o país vizinho. As atuais já originaram outros protestos, com os polacos a alegarem concorrência desleal.
Em vários pontos da Europa, os agricultores continuam na rua. Espanha vive o quarto dia consecutivo de protesto, com a indignação a levar ao bloqueio de estradas e acessos a centros logísticos e também a concentrações em várias cidades.
“Ou a UE muda ou vamos colapsar”
Os agricultores exigem a revisão da Política Agrícola Comum da União Europeia e mais apoios para o setor.
"É impossível continuar assim. Ou a União Europeia muda as coisas ou vamos colapsar, não conseguimos resistir mais", diz um manifestante.
As confederações agrícolas marcaram protestos para as províncias de Zamora, Badajoz e Bilbau. Vários movimentos têm apelado a que o protesto chegue mesmo a Madrid.
A Plataforma 6F, que se demarca das confederações, quer cortar os acessos à capital espanhola a partir da madrugada e durante o sábado.