Mundo

"A segurança da Europa far-se-á não cedendo à Rússia, mas derrotando a Rússia"

O comentador da SIC, Germano Almeida, sublinha que tanto os EUA como a Europa têm que ajudar a Ucrânia. "Os Estados Unidos têm uma liderança estratégica de apoio à Ucrânia e de travagem à Rússia".

Germano Almeida

No Médio Oriente, Telavive diz que aceita a proposta das conversações de Paris. O Hamas ainda está a estudar o assunto. No apoio à Ucrânia há dois impasses: nos EUA e na Europa, que têm de ser resolvidos muito em breve.

“A palavra-chave é cessar-fogo. O Hamas continua a dizer que exigirá um cessar-fogo permanente, não apenas temporário (…) O problema é que Israel não aceitará esse cessar-fogo e o Hamas ainda não respondeu.

Para Germano Almeida há no entanto uma boa notícia: o Governo de Nethanyau viu com bons olhos o que saiu do fim de semana em Paris, no encontro entre os chefes das secretas dos Estados Unidos, CIA, de Israel, a Mossad e o Shin Bet, também do Egito e o Primeiro-Ministro do Qatar.

“Saiu de Paris a ideia em duas fases, numa primeira fase, libertar reféns como mulheres, crianças, idosos e feridos com uma redução gradual das operações israelitas e depois uma segunda fase com o resto dos reféns, eventualmente num período que poderá chegar a 2 ou eventualmente até 3 meses. A troco de mais garantia de Israel deixar entrar mais ajuda humanitária em Gaza”.

Semana decisiva para a Ucrânia

Apelo de de Blinken ao Congresso para desbloquear a ajuda à Ucrânia, a visita do secretário-geral da NATO e o impasse na UE.

"Relativamente ao impasse americano, na visita de Stoltenberg aos Estados Unidos, Blinken foi muito claro: se o Congresso não desbloquear os 75 mil milhões de dólares que os Estados Unidos já deram de apoio AA militar à Ucrânia em 2 anos pode ser absolutamente posto em causa Stoltenberg recordou uma coisa muito importante é que, ao contrário do que muita gente imagina, a percentagem na ajuda ao apoio à Ucrânia é ínfima, é muito pequena.

“O Pentágono tem para este ano 2024 aprovados 887 mil milhões de dólares no seu orçamento. Para a Ucrânia, há uma assistência de 300 milhões porque ainda não houve a aprovação dos 64 mil milhões no Congresso. 300 milhões em 887 mil milhões estamos a falar de 0,33%.”

"Os Estados Unidos têm uma liderança estratégica de apoio à Ucrânia e de travagem à Rússia e é isso que Blinken e os democratas, estão a tentar dizer aos republicanos2.

Relativamente à Europa, Germano Almeida salienta o artigo que o chefe da diplomacia, Borrell, escreveu hoje no L'Observateur:

“A Europa tem que perceber que a sua segurança está em jogo, porque uma vitória russa na Ucrânia não é apenas um problema para a Ucrânia. Há 2 anos, também achavam que uma cedência resolvia e foi o que se viu. Não é como a cedência que a situação se resolve, é ajudando claramente a Ucrânia e a segurança da Europa far-se-á não cedendo à Rússia, mas derrotando a Rússia”.

Últimas