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Queda de avião russo: "Falta saber se essa situação é verdadeira"

Moscovo afirma que no avião russo que caiu iam a bordo 65 prisioneiros ucranianos. Ainda que Kiev diga que é impossível ter essa confirmação e peça uma investigação, de acordo com o comentador “seria muito difícil” que tal ocorresse.

Germano Almeida

O comentador da SIC Germano Almeida analisou, esta quinta-feira, a queda do avião militar russo em Belgorod com 74 pessoas a bordo. Sobre o avião que caiu esta quarta-feira, Moscovo afirma que entre eles iam 65 prisioneiros ucranianos a bordo, ainda que Kiev diga que é impossível ter essa confirmação.

“Sabemos que seria muito difícil [uma investigação], porque ainda por cima aconteceu em solo russo. Faz lembrar um pouco o que aconteceu também com o avião do senhor [Yevgeny] Prigozhin”, afirma.

As autoridades russas disseram que o avião militar IL-76 transportava 65 soldados ucranianos para uma troca de prisioneiros com a Ucrânia, seis membros da tripulação e três acompanhantes.

“A Ucrânia desmente que tivesse a informação que iram 65 prisioneiros ucranianos, e a informação que a Ucrânia tem - e supostamente a Casa Branca acompanha essa informação - é que estariam a ser transportados mísseis S 300”. explica o comentador.

De acordo com o comentador: “Obviamente que a Ucrânia não teria interesse em abater um avião onde estivessem 65 presos ucranianos. Falta saber essa situação é mesmo verdadeira e se isso foi um álibi da Rússia. Vai ver logo à noite um Conselho de Segurança da ONU, pedido pela Rússia, para discutir a questão”.

Germano Almeida conta que ainda ontem foi atingida um refinaria russa, mas que a Rússia retaliou logo de seguida atacando uma refinaria de gás.

Deu-se ainda, esta quarta-feira a entrada “pontual” na cidade de Avdiivka.

UE com novas sanções contra a Rússia

A União Europeia (UE) anunciou que está a preparar novas sanções contra a Rússia, que segundo o comentador deverão ter impacto na “capacidade da Rússia exportar aquilo que não consegue”.

“Há cada vez mais indicações de que a Rússia consegue exportar para outros países, aquilo que que deixou de vender de hidrocarbonetos para aquele que era o seu principal cliente e deixou de ser desde o início da guerra, a Europa. E era fundamental que isso [sanção] acontecesse”, defende.

Acrescenta ainda que “estamos a poucos dias de um Conselho muito importante”.

“Na próxima quinta-feira será decidido o apoio macrofinanceiro à Ucrânia de 50.000 milhões e onde poderá ser desbloqueado também a questão da Hungria", concluiu.

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