No dia em que a NATO inicia que vai iniciar os maiores exercícios militares desde a década de 80, o jornalista da TSF e comentador SIC analisa quais poderão ser os próximos desenvolvimentos da guerra iniciada pela Rússia, contra territórios ucranianos, que prevê serem de intensificação da forças russa. Ricardo Alexandre comenta ainda a desistência do candidato Ron DeSantis às às eleições primárias republicanas.
A NATO inicia, esta segunda-feira, manobras militares em grande escala, as maiores na Europa "em décadas", que durarão vários meses e envolverão cerca de 90.000 soldados da Aliança Atlântica.
Apesar de nunca nomear a Rússia, o comandante supremo das Forças Aliadas afirma que o objetivo da manobra é simular um cenário de guerra contra um adversário de dimensão comparável.
“É uma demonstração de força da Aliança Atlântica, particularmente nos Bálticos, na longa fronteira entre a Finlândia e a Federação Russa, e também pela fora como abrange a Suécia, é claramente uma demonstração de força, mas que terá como consequência imediata também demonstração de força por parte da Rússia”, considera o jornalista.
Estas manobras assumirão a forma de um cenário de conflito contra um "adversário de dimensão comparável", segundo a terminologia da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte), assim se referindo à Rússia sem a nomear.
“Vamos provavelmente poder assistir, nas próximas semanas e meses, a um intensificar das das operações russas nas zonas mais próximas da fronteira com a Polónia, nomeadamente na zona de Leviv, a parte ocidental da Ucrânia será certamente um dos pontos alvo. Depois também aquilo que implica no mar de Azov”, explica.
EUA: desistência de Ron DeSantis
O jornalista também teceu considerações sobre a desistência do governador norte-americano da Flórida, Ron DeSantis, às eleições primárias republicanas, após ter expressado apoio por Donald Trump.
“A questão é que a campanha de Ron DeSantis quase nunca arrancou, ou seja, depois de ter vencido as eleições na Flórida a campanha para a a nomeação republicana foi sempre fraca. E os republicanos, perante um tipo de linguagem até parecido, preferem o original e à fotocópia e quiseram Donald Trump e não e não Ron DeSantis”, anota.
Depois de Ron DeSantis anunciar que se retirava da corrida, Nikki Haley lembrou, numa ação de campanha em Seabrook, no estado do New Hampshire, que só sobra "um homem e uma mulher" nas eleições primárias republicanas.
“É curiosa a forma como a antiga embaixadora na ONU Nikki Haley tenta aproveitar a desistência de Ron DeSantis, apelando desde logo ao eleitorado feminino. Vimos como ela colocou a questão de entre um homem e uma mulher, podem escolher a melhor mulher para para vencer a eleição, Vai tentar certamente capitalizar isso”, ilustra.
O jornalista acrescenta ainda que é “importante na eleição amanhã no New Hampshire, que Nikki Haley que não perca, ou perca por pouco".
“Tem de conseguir uma votação bastante considerável para se manter na corrida. Se Donald Trump ganhar por uma margem enorme, se conseguir chegar aos 70-80%, Nikki Haley não terá qualquer hipótese e mais o mais certo é que um ou dois dias depois venha a desistir”, conclui.