O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou esta quinta-feira ter comunicado aos Estados Unidos que é contra a criação de um Estado palestiniano em qualquer cenário de pós-guerra.
A posição israelita de não considerar a criação de um Estado palestiniano evidencia as profundas divergências entre os aliados próximos, três meses após o início da ofensiva de Israel à Faixa de Gaza, a 7 de outubro, para eliminar o movimento islamita palestiniano Hamas, ali no poder desde 2007.
Os Estados Unidos instaram Israel a reduzir a escala e a intensidade da sua ofensiva a Gaza e sustentaram que a criação de um Estado palestiniano deveria fazer parte do "dia seguinte".
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, presente no Fórum Económico Mundial, em Davos, na Suíça, reforçou a necessidade de um Estado palestiniano independente e garantiu que, para isso, a ajuda de Israel é essencial.
Blinken afirma que os palestinianos necessitam de um Governo e de uma estrutura de governação que potencie a entrega de tudo aquilo que é necessário no território.
“Algumas das coisas que têm de ser providenciadas são as funções básicas de governação: serviços, ausência de corrupção, transparência na forma como se trabalha no Governo”, explica.