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Zelenky volta a apelar à Europa por apoio militar

O Presidente da Ucrânia participou por videochamada numa conferência que se realizou na Suécia. O ministro sueco dos Negócios Estrangeiros reiterou o apoio à Ucrânia.

NTB

SIC Notícias

Lusa

Volodymyr Zelesnky volta a pedir o apoio militar da Europa. Numa conferência na Suécia, o Presidente da Ucrânia reiterou a confiança na vitória sobre a Rússia.

“Estou confiante e os nossos resultados demonstram que até a Rússia pode ser travada no âmbito do direito internacional. A sua agressão pode ser derrotada”, afirma o Presidente ucraniano.

Zelensky destacou a necessidade de “criar um arsenal para a defesa da liberdade”, para o qual a “Europa precisa de uma produção conjunta de armas em muito maior escala do que atualmente”.

“Vemos que as ambições agressivas da Rússia só podem ser travadas onde houver força suficiente para as travar e só juntos conseguiremos essa força”, acrescenta.

O Presidente da Ucrânia participou por videochamada numa conferência que se realizou na Suécia, tendo sido um dos oradores numa cimeira em que foi debatida a segurança da Suécia e da Europa.

Esta conferência contou com a presença do Rei da Suécia e com os príncipes herdeiros. Também o ministro sueco dos Negócios Estrangeiros reiterou o apoio à Ucrânia.

“O nosso apoio militar, político e económico à Ucrânia continuará a ser, como afirmou o primeiro-ministro na declaração de política governamental, a principal tarefa da política externa nos próximos anos”, disse Tobias Billstrom.

O ministro sublinhou ainda que “os soldados ucranianos estão também a lutar” pela segurança e pelos valores dos Ocidente.

“Um apoio forte, previsível e resistente à Ucrânia é também a nossa principal oportunidade de limitar as possibilidade de ação da Rússia”, rematou.

Zelensky reafirma que acredita na vitória

O Presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, reafirmou este domingo que ainda acredita na vitória do seu país sobre a Rússia, considerando que a solidariedade do Ocidente é fundamental e destacando que a situação no campo de batalha é atualmente relativamente "estável".

"A Rússia pode ser derrotada com a nossa solidariedade mútua", afirmou na abertura da conferência anual de defesa nacional em Sälen, no sudoeste da Suécia, através de videoconferência, segundo a agência noticiosa TT.

Zelensky agradeceu as provas de solidariedade demonstradas e destacou a o apoio da Suécia com o sistema de artilharia Archer.

Em apenas alguns dias, entre 29 de dezembro e 2 de janeiro, a Rússia lançou cerca de 500 mísseis e drones [aparelhos aéreos não tripulados] sobre a Ucrânia.

"Graças à ajuda que recebemos, conseguimos abater 70% dos mísseis", afirmou.

Relativamente aos combates em curso, o Presidente ucraniano disse que a situação na frente é relativamente "estável", mas que a Ucrânia "ainda precisa de ajuda em termos de equipamento militar, principalmente para evitar que a Rússia ganhe vantagem no espaço aéreo".

O Presidente ucraniano defendeu também que a Europa precisa de uma indústria de defesa e de armamento comum para garantir a sua liberdade.
O ministro dos Negócios Estrangeiros sueco, Tobias Billström, afirmou na mesma conferência que a principal oportunidade para limitar a margem de manobra da Rússia é um apoio forte e sustentado à Ucrânia.

Billström acrescentou ainda que a Rússia é suscetível de constituir uma séria ameaça à segurança da Suécia e da Europa no futuro.

"Temos de ser realistas e partir de uma confrontação a longo prazo e prepararmo-nos para ela", alertou, sublinhando ser do interesse da Suécia que as opções de ação da Rússia sejam limitadas do ponto de vista militar, económico e político.

O chefe da diplomacia sueca salientou ainda que a adesão da Suécia à NATO significa que o país estará ativamente envolvido não só na defesa e segurança em torno das fronteiras da NATO com a Rússia, mas também, por exemplo, em torno do flanco sul da Europa e no Ártico.

Entretanto, Kherson, cidade do sul da Ucrânia, foi este domingo alvo de numerosos bombardeamentos provenientes de partes da região de Kherson ocupadas pela Rússia, do outro lado do rio Dnieper, anunciaram as autoridades locais.

O chefe da administração da cidade de Kherson, Roman Mrochko, disse que duas pessoas morreram nos ataques e várias outras ficaram feridas.

A defesa aérea abateu 21 dos 28 'drones' lançados pela Rússia durante a noite, anunciou domingo a Força Aérea ucraniana.

A Rússia também lançou três mísseis antiaéreos contra a Ucrânia.

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