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EUA dizem que número 2 do Hamas era "um terrorista brutal"

O número 2 do Hamas, que morreu na terça-feira, chefiou a presença do grupo palestiniano na Cisjordânia e esteve detido em prisões israelitas durante 12 anos antes de ser libertado em 2010.

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Lusa

O Governo norte-americano classificou Saleh al-Arouri, o 'número dois' do Hamas que morreu na terça-feira em Beirute, num bombardeamento atribuído a Israel, como um "terrorista brutal" com "sangue civil" nas mãos.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, realçou, em conferência de imprensa, que Al-Arouri era um "terrorista brutal", responsabilizou-o pelos ataques do Hamas a 7 de outubro contra Israel, onde 1.200 israelitas foram mortos.

Miller também o acusou de participar em ataques contra outros civis, noticiou a agência Efe.

O ataque contra Al-Arouri foi atribuído a Israel, embora este país normalmente não confirme ou negue este tipo de ações.

O porta-voz da diplomacia norte-americana realçou que não ter informações suficientes para apontar algum responsável pelo ataque à bomba ocorrido nos arredores de Beirute e encaminhou estas questões para o Governo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

Quem era al-Arouri?

No Líbano desde 2018, al-Arouri chefiou a presença do grupo palestiniano na Cisjordânia e esteve detido em prisões israelitas durante 12 anos antes de ser libertado em 2010, sendo-lhe atribuído vários ataques contra Israel a partir de solo libanês.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ameaçou matá-lo antes mesmo da atual guerra contra o Hamas.

Mais recentemente, foi um dos principais negociadores do Hamas na libertação dos reféns feitos pelo seu grupo no ataque contra Israel a 7 de outubro do ano passado.

Tensão crescente na fronteira

O atentado de terça-feira, que causou a morte a outras cinco pessoas, ocorreu nos bairros do sul de Beirute, zona que representa um dos principais redutos do grupo xiita libanês Hezbollah e que não era atacada desde a guerra que travou contra Israel em o verão de 2006.

A fronteira israelo-libanesa vive atualmente o seu período de maior tensão desde a guerra travada entre o Hezbollah e Israel em 2006, na sequência da intensificação dos ataques por milícias pró-palestinianas, no dia seguinte à eclosão da guerra entre o Hamas e Israel.

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