O primeiro-ministro israelita apresentou, num jornal norte-americano, três pré-requisitos para a paz entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.
Num artigo de opinião no The Wall Street Journal, publicado na segunda-feira, Benjamin Netanyahu deixou claro que só há paz com determinadas condições. São elas: destruir o Hamas, desmilitarizar Gaza e desradicalizar a sociedade palestiniana.
Começa por explicar que, em primeiro lugar, o Hamas, "um representante-chave do Irão", deve ser destruído, acrescentando que os aliados ocidentais, como os EUA, Reino Unido, França e Alemanha apoiam a intenção de Israel de "demolir o grupo terrorista".
De seguida, é preciso desmilitarizar Gaza, descartando a possibilidade da Autoridade Palestiniana de supervisionar o território, e desradicalizar a sociedade palestiniana.
Cumpridos os três objetivos, Gaza poderá ser “reconstruída” e as perspetivas de uma “paz mais ampla no Médio Oriente serão uma realidade”, diz.
Guerra "não está perto do fim"
Benjamin Netanyahu disse que Israel expandirá a sua ofensiva terrestre em Gaza nos próximos dias, apesar de os esforços internacionais para travar os combates.
Dirigindo-se a membros do partido Likud, Netanyahu disse que a guerra "não está perto do fim".
"Não vamos parar. Continuamos a lutar e expandimos a luta nos próximos dias", declarou Netanyahu, reforçando que "será uma longa batalha e não está perto de terminar".
Netanyahu interrompido por familiares de reféns
O primeiro-ministro israelita foi esta segunda-feira alvo de insultos, durante um discurso no Parlamento, por parte das famílias dos reféns detidos na Faixa de Gaza há 80 dias.
Os familiares dos reféns gritaram "Agora, agora!" em vários momentos do discurso, enquanto o primeiro-ministro afirmava que as forças israelitas precisavam de "mais tempo" para garantir a sua libertação.