As temperaturas no Ártico este verão foram as mais altas dos últimos 120 anos. Além disso, os cientistas dizem que nunca choveu tão pouco na região, o que contribuiu diretamente para os violentos incêndios florestais deste ano no Canadá.
No ponto mais a norte do planeta, onde os termómetros não costumam estar acima dos 10 graus Celsius, está a acontecer o mesmo que no resto do mundo. Mas duas vezes mais depressa.
Os verões são cada vez mais longos e mais quentes. No Ártico, este foi o verão com as temperaturas mais altas desde 1900. Por outro lado, foi também o verão com menos chuva.
A Gronelândia perdeu mais 160 mil milhões de toneladas de massa de gelo. A região tem vindo a perder gelo desde 1998, o que representa um perigo que se estende muito para além do Ártico.
O degelo contribui para a subida do nível das águas dos oceanos, pondo em risco a vida de milhões de pessoas que habitam nas regiões costeiras e nos arquipélagos.
Por outro lado, quanto menos neve e gelo se formarem, mais espaço fica para que zonas que normalmente estariam cobertas por prados e tundra, se venham a transformar em florestas, alterando por completo todo o ecossistema da região e aumentando a emissão de dióxido de carbono.