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Calor no Ártico: verão foi o mais quente desde 1900

No Ártico, este foi o verão com as temperaturas mais altas desde 1900. Por outro lado, foi também o verão com menos chuva. Está em causa todo o ecossistema da região.

Teresa Canto Noronha

As temperaturas no Ártico este verão foram as mais altas dos últimos 120 anos. Além disso, os cientistas dizem que nunca choveu tão pouco na região, o que contribuiu diretamente para os violentos incêndios florestais deste ano no Canadá.

No ponto mais a norte do planeta, onde os termómetros não costumam estar acima dos 10 graus Celsius, está a acontecer o mesmo que no resto do mundo. Mas duas vezes mais depressa.

Os verões são cada vez mais longos e mais quentes. No Ártico, este foi o verão com as temperaturas mais altas desde 1900. Por outro lado, foi também o verão com menos chuva.

A Gronelândia perdeu mais 160 mil milhões de toneladas de massa de gelo. A região tem vindo a perder gelo desde 1998, o que representa um perigo que se estende muito para além do Ártico.

O degelo contribui para a subida do nível das águas dos oceanos, pondo em risco a vida de milhões de pessoas que habitam nas regiões costeiras e nos arquipélagos.

Por outro lado, quanto menos neve e gelo se formarem, mais espaço fica para que zonas que normalmente estariam cobertas por prados e tundra, se venham a transformar em florestas, alterando por completo todo o ecossistema da região e aumentando a emissão de dióxido de carbono.

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