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Antártida está a desaparecer e processo é irreversível

A Antártida está a derreter três vezes mais depressa do que nos anos 90. Independentemente do que for feito para travar as emissões de gases poluentes, o processo é irreversível.

Teresa Canto Noronha

A ONU avisa que a Antártida está a desaparecer e que isso põe em causa o equilíbrio do clima em todo o planeta.

Uma das consequências mais óbvias e imediatas do degelo na Antártida é a redução do habitat natural onde os pinguins imperadores passam o verão e onde se reproduzem. O espaço é cada vez menor, o que faz com que muitos animais não consigam chocar os ovos.

Os cientistas dizem que o continente mais a sul do planeta está a derreter três vezes mais depressa do que nos anos 90.

“Isso vai provocar a subida do nível do mar em todo o mundo. Obviamente, haverá regiões, como as ilhas do Pacífico, por exemplo, que serão gravemente afetadas”, alerta César Cárdenas, investigador do Instituto Antártico Chileno.

Por outro lado, o gelo da Antártida reflete a luz solar de volta para a atmosfera, ajudando a reduzir a temperatura global.

As Nações Unidas dizem que o degelo, na Antártida, e em tantos outros locais do planeta, é responsabilidade de todos. Os glaciares, os icebergues e todas as outras superfícies geladas estão a desaparecer por causa das alterações climáticas.

Os dados mais recentes mostram que, como o aquecimento global já é tão alto, as camadas mais finas de gelo que vão derreter não se voltarão a formar nos próximos anos, independentemente do que for feito para travar as emissões de gases poluentes. Ou seja, é um processo irreversível.

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