Não há ligação ao caso Madeleine McCann, mas Christian Brueckner, o suspeito do desaparecimento de Maddie, vai ser julgado na Alemanha por cinco crimes de violação e abuso sexual cometidos em Portugal. O julgamento começa em fevereiro.
16 de fevereiro, uma sexta feira, logo pela manhã é a data do arranque do julgamento de Christian Brueckner, avançada pelo jornal britânico Daily Mail.
O alemão de 46 anos, conhecido como suspeito no caso Madeleine, vai responder num tribunal alemão por cinco crimes sexuais cometidos em Portugal.
Dois desses correspondem a duas violações a uma mulher entre os 60 e 70 anos, na Praia da Luz e a uma jovem irlandesa de 20 anos, na Praia da Rocha. Ambas terão sido atacadas nas suas casas de férias, com a violação filmada.
Os outros três casos são de abuso sexual de crianças. Uma jovem de 14 anos despida, amarrada, agredida e abusada na Praia da Luz, uma criança de 10 anos emboscada quando brincava na Praia da Salema e outra de 11 anos atacada num parque em São Bartolomeu de Messines.
Os crimes ocorreram entre 2000 e 2017, no Algarve.
A acusação, no âmbito da cooperação judiciária com Portugal, foi formalizada na Alemanha, para onde Brueckner tinha regressado.
Depois de algumas dúvidas sobre a competência jurisdicional do tribunal local, o caso segue mesmo para julgamento e vai envolver um tribunal de júri, segundo o Daily Mail, que avançou a noticia.
Na prática, aos juízes de carreira que vão julgar Brueckner, juntam-se dois cidadãos que assumirão o papel de jurados
Brueckner está a cumprir uma pena de sete anos na Alemanha, precisamente por violação.
Apesar de ser arguido no caso Maddie, investigado na Alemanha e em Portugal, as autoridades continuam sem provas que o liguem ao desaparecimento de Madeleine.
Apenas a suspeita por ser um predador sexual e estar na Praia da Luz na altura.
Em maio deste ano chegaram a decorrer buscas na Barragem do Arade, em Silves, a pedido da policia alemã, com supervisão da Judiciária e o acompanhamento de inspetores britânicos. Mas, no local habitualmente frequentado por Brueckner, no Algarve, não foram encontradas pistas que efetivamente o liguem ao processo McCann.