As forças israelitas continuam a bombardear hospitais da Faixa de Gaza, alegando que são o escudo do Hamas. As imagens de satélite mostram o que mudou no maior hospital de Gaza, Al-Shifa, e nos quarteirões à volta, apenas na última semana.
Um vídeo terá sido gravado num hospital a norte de Gaza, em que é possível ver um homem a ser suturado a sangue frio e com a luz de um telemóvel. Apesar da condições, o hospital Beit Lahiya é um dos poucos que ainda recebem feridos.
Quanto mais se avança para sul, mais a situação piora. Al-Shifa, depois de uma semana de bombardeamentos, a OMS diz que, a isto, já não se pode chamar de hospital.
"Os hospitais estão a ser atacados. O último exemplo é a UCI de Shifa. Outro hospital privado de obstetrícia foi atacado diretamente e dois dos nossos colegas, especialistas em obstetrícia e ginecologia, foram mortos. Não há serviços para doentes pediátricos na zona norte", diz Muhammad Qandil, diretor do serviço de urgências.
Entre feridos e profissionais de saúde, no Al-Shifa estarão cerca de dois mil e 300 civis. A unidade de saúde está sem luz, as incubadoras começaram a ser desligadas e já morreram, pelo menos, três prematuros e há mais de 36 em risco.