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Pausa humanitária de três dias "seria o maior acordo desde o início da guerra de 7 de outubro"

O comentador da SIC Germano Almeida considera que há razões para acreditar na negociação de um cessar-fogo humanitário mediada por Qatar, Egito e Estados Unidos.

SIC Notícias

Ao 34.º dia de conflito entre Israel e o Hamas, estará a ser negociado um cessar-fogo humanitário de três dias na Faixa de Gaza, em troca da libertação de reféns. A negociação estará na fase final e a ser feita sob a mediação do Qatar, Egito e Estados Unidos. Além da libertação de reféns, este acordo poderá permitir a entrada de ajuda humanitária essencial para a população do território que está sitiado.

O comentador da SIC Germano Almeida considera que “há notícias que parecem bastante sustentadas”, mesmo que não haja ainda declarações oficiais, mesmo que Israel ainda não tenha dito nada e esteja sempre a desmentir a possibilidade de cessar-fogo.

“Citando a Associated Press, com a mediação do Egito, Qatar e Estados Unidos, há uma proposta que estará a ser neste momento negociada e, eventualmente, um draft [rascunho] final a aparecer nas próximas horas ou dias, em que, na sequência da visita do diretor da CIA, William Burns, que esteve com uma delegação Israelita na Jordânia e que lançou a ideia de uma troca de cerca de 12 reféns que o Hamas tem a troco de Israel acordar um cessar-fogo de 3 dias”.

António Guterres continua muito ativo na condenação dos ataques israelitas e “faz uma ponte” entre o que diz Israel e o que diz o Hamas: Israel diz que só há cessar-fogo com a libertação de reféns e o Hamas, diz o contrário, só há libertação de reféns com cessar-fogo.

“A verdade é que esta proposta estará algures a meio, porque não é libertação de todos os reféns e também não é um cessar-fogo permanente, estamos a falar só de três dias, mas seria, até agora, o maior acordo desde o início da guerra de 7 de outubro".

Israel diz que não tem qualquer interesse em ocupar a Faixa de Gaza

O Ministro dos Assuntos Estratégicos Israelita garantiu que Israel não vai reocupar a Faixa de Gaza depois dos Estados Unidos terem afirmado que se opõem a uma nova ocupação a longo prazo.

“Israel não tem qualquer interesse em ocupar a Faixa de Gaza (…) Israel está a focar a sua operação terrestre no Norte de Gaza, onde está também centralizado grande parte do Hamas e neste momento, o Governo Israelita diz que está a ter sucesso nessa operação ao controlar grande parte desse Norte de Gaza e ao colocar grande parte da população civil mais a Sul para reduzir o número de baixas”.

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