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Depressão Ciarán faz um morto e três feridos em França

Mais de um milhão de casas estão sem eletricidade nas regiões Norte e Oeste do país, as mais afetadas. O vento forte, com rajadas a atingir os 100 km/hora está a afetar os aeroportos, nomeadamente o Charles de Gaulle, o segundo mais movimentado da Europa.

Guilherme Monteiro

Ana Lemos

A depressão Ciarán está a provocar vários constrangimentos em França. Mais de um milhão de casas estão sem eletricidade. As regiões Norte e Oeste do país são as mais afetadas e há já uma vítima a lamentar e três feridos ligeiros.

O morto é um camionista que estaria a trabalhar no momento em que uma árvore atingiu o camião que conduzia, a norte de Paris. Isso mesmo foi confirmado pelo ministro dos Transportes, Clément Beaune, em declarações à rádio France Info.

O ministro apelou para que a população evite deslocações rodoviárias, adiantando que a Côtes d'Armor, na costa Bretanha e Mancha na Normandia estão sob aviso vermelho devido ao vento forte.

Apesar de as autoridades preverem que o pior já terá passado, continua a ser perigoso circular nas ruas e estradas, sobretudo na zona da Bretanha, a noroeste do país, onde se registaram rajadas de vento superiores a 200 km/hora e, pelo menos, uma onda de 21 metros de altura, o equivalente a um prédio de seis andares.

Em Paris, o impacto é de menor intensidade, ainda assim, conta o correspondente da SIC, Guilherme Monteiro, as rajadas de vento rondam os 100 km/hora e estão a afetar aeroportos, nomeadamente o Charles de Gaulle, o segundo mais movimentado da Europa.

24 regiões na costa atlântica sob aviso laranja

Os camiões estão proibidos de circular em toda a região da Bretanha e cinco regiões do noroeste de França cancelaram todos os seus comboios regionais durante o dia de hoje (Bretanha, Normandia, Hauts-de-France, Centro-Vale do Loire e Pays de la Loire).

Dez por cento dos comboios de alta velocidade (TGV) também foram suspensos em França, com o tráfego suspenso em rotas como Paris-Le Mans e Paris-Nantes. No serviço suburbano de Paris, boa parte da linha A (uma das linhas mais movimentadas) está parada.

Dois aeroportos na Bretanha, Brest e Quimper, estão fechados desde quarta-feira e noutros no noroeste de França, os aviões tiveram de ser desviados.

Segundo as autoridades, foram registados ventos perto dos 200 km/h em Finistère, na Bretanha (oeste), provocando cortes de energia e queda de árvores, mas não foram registados danos maiores.

Já na noite desta quarta-feira, na costa da Bretanha, foram registadas rajadas de até 193 quilómetros por hora em Plougonvelin, no cabo Saint Mathieu, 171 em Lanvéoc, na península de Crozon ou 156 na cidade de Brest.

Na Normandia, foram registados ventos entre 150 e 170 quilómetros por hora.

Na costa, a Météo France alertou para o risco de ondas fortes, entre seis e oito metros na maior parte da costa atlântica, e entre oito e dez metros na da Bretanha.

A Enedis, subsidiária da EDF responsável pelas linhas de energia, indicou que esta manhã havia 1,2 milhões de casas sem energia. A empresa mobilizou 3.000 dos seus trabalhadores para lidar com avarias previsíveis.

Com LUSA

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